A Cemig está recebendo propostas para o Chamamento Público do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico 2018. As propostas devem ser submetidas até dia 1° de outubro. O edital já está disponível no site da Cemig.
O edital vai ainda fomentar a participação de Universidades, Centros de Pesquisa, empresas e startups na apresentação de propostas que atendam todas as fases da cadeia de inovação.
E o julgamento e seleção das propostas será em duas etapas: pré-qualificação e avaliação de mérito. A divulgação dos projetos selecionados será no dia 19 de outubro de 2018.
Porém o prazo para execução dos projetos aprovados deverá ser acordado com a Cemig, sendo que a duração mínima é de 12 meses e a máxima é de 36 meses.
Transformações Tecnológicas
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Um dos objetivos é desenvolver o futuro da Companhia e contribuir com o ecossistema de inovação de Minas Gerais.
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“Serão investidos R$ 40 milhões em propostas que podem ajudar a Cemig a ser mais eficiente, a reduzir custos e oferecer um melhor serviço ao consumidor”, afirma o diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Cemig, Thiago de Azevedo Camargo.
Será elaborada o Plano Estratégico de Inovação de Tecnologia Digital da empresa, denominado Cemig 4.0.
“O Programa Cemig 4.0 é disruptivo e consiste em três eixos fundamentais, chamados 3D: Digitalização, Descarbonização e Descentralização”, explica o superintendente de Tecnologia, Inovação e Eficiência Energética da Cemig, Carlos Renato França Maciel.
De acordo com o professor de Harvard e do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Virgílio Almeida, as propostas de P&D deverão ser apresentadas atendendo a pelo menos uma das oito demandas tecnológicas descritas nas iniciativas estratégicas do edital.
São seis do eixo Digitalização, uma de Descentralização e uma de Descarbonização. “Entre os critérios de avaliação, a originalidade tem caráter eliminatório”, explica Almeida.
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Carros elétricos
Camargo afirma que um segundo edital dentro desse mesmo programa já está previsto para o próximo mês. Segundo ele, alguns temas de alta complexidade como “carros elétricos” ficaram fora dos desafios do primeiro edital e devem aparecer no segundo, que distribuirá R$ 30 milhões aos projetos.
O diretor afirma que a busca por soluções fora do corpo técnico da própria Cemig segue uma tendência mundial de inovação aberta.
“Não temos todas as soluções dentro da nossa casa e precisamos chamar pessoas que estão fora e conseguem pensar mais fora da caixa. Queremos que os melhores cérebros que estão espalhados pelo Estado e pelo Brasil contribuam para o desenvolvimento da Cemig e da inovação no Estado”, afirma. Ele acredita que os editais também têm o potencial de fomentar o ecossistema de inovação em Minas Gerais.
“O Estado já tem um ecossistema de inovação muito desenvolvido: temos a sede do Google, a Faculdade de Ciência e Computação da UFMG que é a melhor da América Latina, o San Pedro Valley e iniciativas tanto do poder público quanto da sociedade civil que mostram que nosso ecossistema é robusto. O que a Cemig quer é apoiar isso que já existe para que esse ecossistema se desenvolva ainda mais”, conclui.