O fornecimento de energia despachável, aquele que pode ser utilizada de acordo com a demanda, no Brasil baseia-se em usinas hidrelétricas de grande escala com reservatórios. No entanto, a maior frequência de secas tem tornado cada vez mais difícil a construção de grandes usinas desse tipo e ameaçado a confiabilidade da operação. Por isso, é cada vez mais importante a discussão a médio e longo prazo sobre a energia livre de carbono e despachável e a estabilidade da rede no Brasil.
No campo socioeconômico, as tecnologias heliotérmicas proporcionam a oportunidade de criar empregos diretamente — na pesquisa e no desenvolvimento, no planejamento, na construção e na operação e manutenção de usinas elétricas — e indiretamente, pela absorção de trabalhadores nas usinas. Além disso, essas tecnologias utilizam materiais como vidro, aço e concreto, que podem ser adquiridos local ou nacionalmente, movimentando a economia do país.
É por conta de vantagens como essas que especialmente os estados do Nordeste, como Ceará, Pernambuco e Bahia, bem como o de Goiás, no Centro-Oeste, estão muito interessados em atrair proativamente o desenvolvimento de HLT para a geração de eletricidade e calor de processo em seus territórios. Para tanto, diversas ações governamentais estaduais podem viabilizar projetos de investidores privados e reduzir barreiras nas áreas de análise de recursos solares, provisão de territórios adequados, incentivos fiscais, políticas de apoio e licenciamento ambiental.
O estudo “Como atrair investimentos em energia heliotérmica um guia para estados brasileiros”, visa auxiliar os governos estaduais brasileiros nessa tarefa, fornecendo orientações sobre como atrair empreendimentos em HLT e apoiar projetos nessa área. As orientações compreendem:
* apresentar as tecnologias HLT, sua aplicação no mundo e suas vantagens — além da geração de energia despachável e de calor de processo, o potencial de gerar empregos e renda, conferindo aos estados a possibilidade de transformação com foco no desenvolvimento regional;
* indicar as políticas de apoio governamental e as estruturas organizacionais necessárias para atrair investimentos e executar projetos HLT de uma forma orientada;
* definir as ações necessárias para a implementação de plantas HLT — avaliação do potencial solar, identificação de locais adequados e licenciamento ambiental — e suas etapas.
Para mais detalhes, baixe o guia Como atrair investimentos em energia heliotérmica um guia para estados brasileiros.